paixões outonais

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não sei se é por causa desta reedição de primavera 2011, cheia de sol e pássaros em pleno outono, mas por estes dias ando com tendência para me apaixonar perdidamente.

há dias apaixonei-me por uma imagem. No G noc  noc. Infelizmente não a consigo localizar. Por isso guardo-a na memória.

hoje quando acordei dei de caras com um novo poema do J e fiquei sem palavras. Porque na verdade elas estavam lá todas. Eram poucas, mas nelas cabia tudo. E era assim:


Não caber não é mais
que uma forma deselegante
elefantina de morrer.
 
Pedro Carreira de Jesus, Inédito, 2011
 
aqui há mais.

e depois lembrei-me que no verão também me apaixonei por uma voz. E pela forma de cantar. E confesso que nem gosto muito de fado. Mas senti-me aconchegada e numa envolvência familiar e confortável. E tinha-me esquecido disso. E era este senhor.
 


e é isso. devo andar a acumular paixões para o inverno que aí vem.