ladrão de chiclas

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Por falar em chuva, Gore-Tex e Canadá (click), voltei a um clássico (click).



Nada como um conjunto bem amanhado de criaturas infelizes, sem futuro profissional à vista, vindo do seio de famílias desfuncionais para alegrar a chegada do outono e do frio e da chuva. Falo de The Gum Thief de Douglas Coupland (click), que consegue embrulhar os universos mais desesperançados e cinzentos, em ironia e sentido de humor.

Há sempre muito conforto em ler autores “favoritos”. É quase como tomar café com um amigo de longa data: é confortável, familiar e o tempo passa sempre a correr. Nunca aborrece. Mesmo quando achamos que não estamos in the mood.



“Maybe memories are like karaoke - where you realize up on the stage, with all those lyrics scrawling across the screen's bottom, and with everybody clapping at you, that you didn't know even half the lyrics to your all-time favourite song. Only afterwards, when someone else is up on stage humiliating themselves amid the clapping and laughing, do you realize that what you liked most about your favourite song was precisely your ignorance of its full meaning - and you read more into it than maybe existed in the first place. I think it's better to not know the lyrics to your life.” 

Douglas Coupland, The Gum Thief


E depois até descobri que se a meio me aborrecer, posso passar à versão animada do livro, feita por um estúdio também ele canadiano que se chama crush (click).
Muitos escritores sairiam a ganhar com esta solução animada.

Aqui fica um vídeo. Aqui (click) há mais!