Archive for 2013


menosmaismaisigual.amenos

15.07

15.07 p.m

Uma amiga minha apanhou-me num dos 274 chat a que me ligo diariamente e perguntou-me se eu, nesse mesmo dia, tinha estado na cidade X. (nota mental: esta cidade encontrava-se a 50 km do sítio onde eu estava naquele preciso momento). Segundo ela, parecia mesmo eu. Em tudo (nota mental: há uma pessoa extremamente atraente a passear-se por aí)

Parei um pouco e pensei no assunto, antes de lhe dar uma resposta definitiva (nota mental: as coisas definitivas são para sempre e voltamos a elas até à eternidade). Não lhe queria mentir, nem lhe queria dar uma resposta com *verdade flexível, por isso mantive-a à espera alguns minutos, ali no chat, enquanto fazia contas (nota mental: uma vez disseram-me que eu devia ter ido para Economia ou Gestão ou Contabilidade. Acho que me mentiram. Há gente que mente muito).

08.57 a.m.

Oleei a corrente, coloquei o capacete, enfiei as joelheiras e entrei em modo cálculo.

Naquele momento eram 15 horas e 07 minutos. Tinha saído da cama às 08.57 dessa manhã. Tenho a certeza disso porque nasci a essa hora e, quando icei as pestanas pela manhã, achei piada à coincidência. Só reparo nelas – nas coincidências - em tempos de crise, por isso é provável aquilo que dizem sobre elas: que não as há.

Tomei banho, vesti-me e tomei um café. Perdi cerca de 35 minutos.

10.00 a.m.

Às 10 tive uma reunião ao lado de casa, que durou cerca de uma hora. Eram 11.15 estava de regresso. O cheiro a alho nas mãos, à hora a que a minha amiga me falou (15:07), era um forte indício que tinha estado em lides culinárias. Tal como o hálito, que me indicava que terei desfrutado de um apetitoso repasto. Ou isso ou andava a evitar algum vampiro diurno (nota mental: toda a gente sabe que os vampiros só andam de noite, por isso confio na primeira hipótese). Dado o estado imaculado da cozinha, calculo que terei estado ocupada até às 14 horas.

14.00 p.m.


Das 14 horas até às 15:07 são sessenta e sete minutos, o que me dava tempo de percorrer 50 km para lá e 50 km para cá, ser vista na tal cidade e, ainda assim, chegar a tempo de ligar o PC e falar com ela (com a minha amiga que me tinha feito perguntado “Hoje estiveste em X?”).


Percebi pela janela virtual que piscava ao lado da dela, que estava numa conversa com o meu amigo J desde as 14.14, que só tinha abrandado de ritmo quando a minha amiga me falou, às 15.07. Desde então tinham passado 6 minutos, tempo usado para fazer todos os cálculos anteriores (nota mental: talvez seja melhor a matemáticas do que julgava há cerca de 500 palavras atrás).

Tinha o puzzle quase todo montado. Só me restava uma possibilidade de fuga. Entre as 10 e as 11 da manhã: nunca ter ido à reunião e ter sonhado com tudo o que tinha vivido naquela hora. Às vezes penso que isso pode acontecer-nos, sem nos apercebermos: fabricarmos horas na cabeça, que nunca existiram, só para tornar as outras horas mais curtas.

Oleei a corrente, coloquei o capacete, enfiei as joelheiras e peguei no telefone. E assim confirmei a minha presença física naquela hora, entre as 10 e as 11 da manhã.

As contas estavam feitas e respondi à minha amiga com todas as certezas: “Não, não estive em outra cidade hoje. Só estive aqui”. E continuei o meu dia-a-dia, normalmente, com a certeza na minha resposta.

19.23 p.m

Umas horas mais tarde liga-me outra amiga, da mesma cidade X, e diz-me “Estás cá e não avisas? Acabo de te ver a passar de carro.”


quarta-feira, 6 de Fevereiro de 2013, 04:05:46 a.m.



" a edição estava a correr bem até descobrir que há alguém muito parecida comigo mesmo aqui ao lado #justanothersillymoment" in Facebook by Marisa Cardoso

Histórias com final feliz #1

teste número dois




teste número dois pequeno-almoço:

- scones quentes 







                                           
# a pedalar na corrente #


# pedalar com a corrente #



# pedalar contra a corrente # 

teste número um




teste número um pequeno-almoço:

- brioches
- queques (de coisa boa)
- pão (de trigo)
- compota (de uma coisa laranja)
bebida a gosto





reinterpretação de foto de Heidi Specker


Heidi Specker (click)

Enquadramento #1


Este espaço não é idóneo. Este espaço é inconstante e bipolar. Este espaço não é de confiança e nem tudo o que lá se diz é verdadeiro (é apenas sentido). Este espaço é tendencioso e dado à censura. Se este espaço pudesse criava jobs for the boys (ou pelo menos para a girl, ela própria prestes a dedicar a vida aos jesuítas a ver se um dia chega a papa). Este espaço tem ética própria e maleável. É provável que este espaço tenha ligeiras tendências cinéfilas. É certo que este espaço é propenso a lobbys para amigos que fazem coisas e cenas. Este espaço conhece um grupo de gente que criou uma publicação online que se chama “Enquadramento” e que, uma vez por mês, lança um extenso e intenso texto sobre um realizador pouco conhecido, de qualidade louvável. A qualidade da referida publicação é independente de todas as caraterísticas deste espaço, referidas anteriormente. 







Capa: José Feitor (click)
Música: Minta & The Brook Trout (click)

              i know you wish you could just run but, honey, so does everyone 




Silvestre Zamith (click)

num dia 7

desta janela eu via uma barragem



A avó Lucinda estava sempre a sorrir, mas quando a conheci já não tinha nenhum dente na boca. Por causa disso, a sua casa de banho era habitada por uma assustadora dentadura de 32 dentes, que vivia num copo de vidro. Uma espécie de T0 envidraçado, com vistas para o lavatório. Esta dentadura aterrorizava-me as visitas à casa de banho.

Um dia perguntei-lhe porque não usava a tal dentadura na boca e, assim, libertava o copo T0 com vistas panorâmicas. Disse-me que a dentadura não a deixava rir com o tamanho todo da boca, por isso preferia ter um sorriso maior, do que ser mais bonita. Não insisti e percebi o que ela já sabia.

“Retrato de família” é uma viagem, através de objetos, pelas memórias do tempo passado na casa da avó Lucinda. Depois desta visita, num dia 7 de um mês qualquer, uma barragem rompeu-se e o rio ocupou todo o tamanho do leito original. Desde então corre tranquilo e sereno, em direção à foz.

Para "Filhas da Mãe", na Casa da Cultura de Fafe, de 8 a 28 de Março.

peça # 1 unicórnio dourado


concluída a primeira peça com sucesso (e dedos intactos): unicórnio dourado, (unicamente) para guardar pão.


Como se escreve Caterpilar?


Uma vez peguei num diário de quando tinha 13 anos e, ao lê-lo, percebi que concretizei quase todos os desejos que tinha nessa altura. E os dos anos seguintes. Mesmo os que me pareciam impossíveis e difíceis: estava quase tudo feito! Desta lista, só ficou por concretizar “desejo 243 - namorar com o Tom Cruise”. A Nicole e a Kate devem ter as energias cósmicas mais afinadas e passaram-me a perna, mas não guardo ressentimentos. Pelo contrário (MESMO), até porque entretanto esse desejo já prescreveu (espero).

Em tempos confessei neste diário espaço caderno blogue que um dia, apesar de ter 2 mãos esquerdas, com 3 dedosengolidos por tubarões (1 dedo e meio por mão) vou fazer vestidos”. Estou contente por não ter insinuado outra coisa qualquer que requeresse um caterpilar ou um tanque de guerra, porque me nasceu, espontaneamente, no escritório, uma máquina de costura. Daquelas portáteis e feitas de plástico. Mas quando olho para ela vejo uma bela Singer, intransportável e feita de metal, como a que a minha tia O. tem e com a qual passou os últimos 50 anos a fazer coisas.





Mentalmente fiz logo 2 vestidos de comunhão, 1 vestido de noiva (que ainda precisa da prova final para ser terminado), um casaquinho de cão (cor-de-rosa), fiz duas bainhas de calças (uma de ganga e outra de bombazine) e reparei uma camisa rasgada há 7 meses, preguei os botões numa outra e, no fim disto tudo - nada era para mim - fiz o meu *casaco de sonho* em tweed, com um forro de cetim colorido e uns apliques em croché. Tudo isto em 33 prazenteiros segundos.

E pronto, depois da alegria inicial e de ter beijado e lambido e abraçado a minha nova colega de mesa, percebi que eu não só nunca meti a mão numa máquina de costura (nem para a mudar de sítio), como sou um desastre para manualidades. Ou para os labores domésticos no geral. Só gosto de fazer bolos (para os comer).

Como sou muito otimista (quase sempre, mesmo em dias de chuva e alerta vermelho) achei que, quem sabe, olhando para ela tudo fosse intuitivo (como as coisas na net e tratar de bicheza). Não é. Nem com manual de instruções. Sinto-me como se me tivessem oferecido um emprego como condutor de naves espaciais, que agora não posso recusar. E isto faz-me recuar aos tempos em que andei a tirar a carta, que me parecia uma tarefa impossível. Hoje até carros de Fórmula 1 conduzo, como quem anda de bicicleta: com muito profissionalismo e segurança (todos os comentários desfavoráveis sobre a minha condução serão censurados. O blogue é meu e eu invento o que quiser).

Posto tudo isto, fui procurar ajuda profissional externa e, com muita pena minha, descobri assumi que eu, afinal, não sei tudo. Na verdade, não sei nada.

Resolvi ir beber à fonte e pedir socorro a uma senhora que anda nesta lides há, tal como a minha tia, 50 anos e tem 7 máquinas de costura profissionais. Estes números só podem ser sinal de boa coisa. Começou com um questionário para avaliar o meu nível:

- Que máquina tens?
- Uma pequena e branca de uma marca espanhola. Não me lembro o nome, nem o modelo. Mas é assim deste tamanho < ---------------------------- > e tem uma rodinha e um pedal... preto.

- E que tipo de pontos ela faz?
- Há mais que um?

- Quantos carretes traz a máquina?
- O que é um carrete?

- Que agulhas gasta?
- ...
(aqui comecei a dar sinais de olhos lacrimejantes e lábio inferior trémulo)

- Que experiência tens com a costura?
- Sempre enfiei as linhas nas agulhas da minha mãe. Vai desistir de mim?

- Não. Começamos na próxima semana. Vamos pensar num projeto simples para começar. Já sabes o que queres começar por fazer?

- Queria um unicórnio dourado, com brilhantes incorporados, que servisse de carteira, chapéu e casaco e que, quando não estivesse a uso, aspirasse e fizesse bons assados. Queria ainda que na Primavera cavalgasse pelos prados e fosse comigo ao cinema. Que gostasse de Belle and Sebastian e de todos os seus primos musicais. Que me ajudasse na depilação e me esticasse o cabelo. Que soubesse português, inglês e latim e desse uns toques de mandarim e italiano. Que dominasse a filosofia grega e a alemã dos finais do século XVIII. Que me revisse os textos e gostasse de chocolate. Mas que quando não estivesse a fazer nenhuma das coisas anteriores, servisse de almofada. Ou enquanto as fizesse, também podia ser.

Se não der, queria fazer uma saquinha para o pão. 





Oásis



"Oásis" in Obra'Casa 22.12.2012



"Quando não sabes o que dizer, não digas nada"

(nem arremesses nada)

eu também quero uma mala (por 20 escudos)


Dedicado a todos os vendedores de malas. Deste mundo e do outro.


O mundo está dividido em dois tipos de pessoas: as que se regem por impulsos e emoções e as outras. 

Eu faço parte das outras, o que não me torna menos aventureira e destemida. Nem muito menos uma gaja fria. Por exemplo, sou capaz de me atirar a uma caixa de bombons como se não houvesse amanhã e devorá-los, um a um, até ao último, encarando de-frente-e-olhos-nos-olhos a obesidade, as doenças cardiovasculares e os diabetes. É certo que desta perspetiva, um salto de parapente ou uma escalada pela montanha se transformam numa brincadeira de crianças. Nada comparável a uma doença crónica, que me possa acompanhar até à velhice. Mas a vida é assim e, às vezes, é preciso viver no limite.

Há 4 anos, 5 meses e 18 dias decidi comprar uma mala de viagem. E antes de o fazer pensei muito sobre o assunto. Pesei na minha Balança Digital Racional todos os prós e contras das minhas opções.

(eu quero uma mala perfeita que venha montada num cavalo branco)

Lista de prós e contras: 

 Clara (a que eu gostava) VS Escura (não se nota a sujidade)

 Pequena (mais confortável) VS Grande (para atafulhar de tralha)

 Dura (segura para transporte de objetos quebráveis) VS Mole (para atafulhar, outra vez)

 e finalmente

 Barata (sou pobre) VS Cara (mas quero parecer rica)

 Andava há já algum tempo apaixonada por uma mala. Tinha todas as características que eu não queria, tirando um pequeno pormenor: apesar de ser Clara, Grande, Mole e Cara escondia num compartimento meio secreto umas alças que a transformavam em mochila. Os compartimentos secretos são a minha perdição. Se me tentarem vender uma alface podre com um compartimento secreto, eu compro.

Com estas alças, nem a lama, nem os terrenos irregulares me impediriam de viajar confortavelmente por locais exóticos. Quando fosse impossível puxar, bastava colocá-la às costas.

Nessas viagens, essas alças seriam o verdadeiro copo-de-água-no-deserto. E andei colada naquelas alças muito tempo, procurando em outras malas esta caraterística, que nunca encontrei. O preço da mala era um grande entrave para mim e queria ser convencida a levá-la para casa. Mas a minha ideia de copo-de-água-no-deserto não era suficiente e precisava que alguém (para além de mim própria) me convencesse que aquela era a escolha indicada e não um sintoma de uma balança-racional-digital mal calibrada.

Depois de várias visitas à loja-da-mala e depois de já a conhecer por-dentro-e-por-fora (à mala) e estabelecer uma relação-de-quase-amizade com os vendedores da loja (se na altura tivesse Facebook de certeza que lhes pediria amizade), um dia, um deles convenceu-me imediatamente com o argumento de que “era uma marca tão boa, que até tinha garantia vitalícia”. Pronto, já não precisava de mais nada. Era mesmo isso que queria ouvir, porque acontecesse o que acontecesse teria esta mala até ao fim da vida. Valia a pena o investimento.







Mudei de casa, de cidade e de vida e guardei o talão da loja e os papéis da mala num cofre forrado de veludo vermelho e não pensei mais no assunto.

Continuei a sonhar com as viagens por locais exóticos, com lama e terrenos irregulares, e a puxar a mala em estradas alcatroadas e solos de mármore.

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Há coisa de 2 semanas, por atafulhar a mala-clara-grande-e-maleável com cortinas, que transportei de um terreno regular para outro, rebentei-lhe com o fecho. Aborreceu-me momentaneamente, mas não demasiado, já que a mala tinha garantia vitalícia.

Comprei um bilhete de avião, com a maior das alegrias, e com a desculpa de ir fazer outras coisas, aproveitei e meti uma mala dentro da mala-garantia-vitalícia, para entregar esta última para conserto. Cheguei à loja, onde já não se lembravam de mim, e expliquei a minha questão:

“Mala-garantia-vitalícia-fecho-estragado.”

Os senhores riram-se, atónitos, porque segundo eles “hoje em dia já nada tem garantia vitalícia” e concluíram sugerindo, a medo, que o conserto daquele Ferrari em forma de mala sairia quase ao preço da dita cuja.


Ao ouvir estas palavras, os meus olhos arregalaram-se muitomuitomuito, ocupando quase todo o espaço da minha cara. Em vez de uma cabeça, tinha dois olhos esbugalhados em cima do pescoço e uma forte urgência de violência física. Encolhi os ombros, até às orelhas, ao ponto das clavículas formarem dois poços profundos, que serviram de recipiente à baba de raiva que me foi pingando dos cantos da boca.

e fiz um grande esforço para ligar a Balança Digital Racional e não ter um faniquito à moda antiga

Fiquei a pensar, com desencanto, que a garantia vitalícia expira no momento da compra, quando depois de te atordoarem com promessas, te deixam de mala na mão e fecho éclair rebentado, e partem para o cliente que se segue com mais promessas de garantias vitalícias e merdas coisas do género que já não existem.



(esta história não tem Moral da História)







MESHE


sobre o MESHE (dizem eles): meshe objects are designed under the enormous power of customization design by playing with geometrical meshes! We use computational design tools to model and customize our lamps ... ask for a shape and we will do it!

sobre o MESHE (digo eu): o meshe é mais um daqueles projetos que nasce do AMOR de alguém por uma ideia. esse alguém são dois. um rapaz e uma rapariga, que acharam que todos nós devemos ter, em casa, objetos únicos feitos à medida dos nossos olhos... basta sonhar e pedir, que eles enviam.






BANALIDADES 9.

silvia calles

post de moda:



BANALIDADES 9. coisas feitas com AMOR. como as refeições (ainda que sejam congeladas e pré-cozinhadas). ou este blog (que já tem 4 leitores e por isso ocupa um veículo ligeiro de 5 lugares) ou as viagens (mesmo que sejam ali à esquina). ou esta loja delicada, onde uma rapariga chamada silvia vende ilustrações e vestidos a quem dá nomes próprios. Apaixonei-me por um vestido, à primeira mirada, que se chama “ La Niña Fantasma”. nunca tinha tido uma peça de roupa com um nome próprio e é maravilhoso. pendurei-o num cabide, num sítio mesmo em frente aos meus olhos, para poder olhar para ele todos os dias

dantes, escondia as coisas-bonitas para só as ver de vez em quando e não me cansar da sua beleza (aconteceu-me com uma saia, que entretanto deixou de me servir). passava os meus dias a olhar para coisas feias ou mais ou menos. mas agora, que estou quasequasequasequasequasequase a chegar à maioridade, percebi que o belo não cabe dentro de espaços fechados, mesmo que sejam muito herméticos. por isso, passei as últimas horas a tirar dos compartimentos fechados todos os belos que tinha guardado e tenho-os espalhados pela casa, mais ou menos, à altura dos olhos ----- mais coisa menos coisa, três metros e trinta e quatro de altura (que é daqui até aqui).

um dia, apesar de ter 2 mãos esquerdas, com 3 dedos engolidos por tubarões (1 dedo e meio por mão) vou fazer vestidos e vou-lhes dar nomes. é uma novidade. em 398 anos de vida nunca tinha pensado em fazer coisas com nomes próprios. o primeiro vai-se chamar mariana barbatana, por causa dos 3 dedos (1 e meio por mão) que me faltam nas duas mãos esquerdas, devorados por tubarões-leões. e mariana, por ser uma 1. [Botânica]  Planta solanácea do Brasil ou 2. Relativo à Virgem Maria ou ao seu culto.

preocupa-me, no entretanto, conseguir enfiar a linha na agulha, ainda que ache que por vezes, esta dificuldade tem mais a ver com o tamanho do buraco, do que com a firmeza da mão. Mas se não conseguir fazer vestidos, faço outra coisa qualquer, com os 7 dedos restantes nas duas mãos esquerdas. mesmo que não sejam coisas banais e mesmo que perca mais uns dedos pelo caminho.


"la niña fantasma" à direita




BANALIDADES 8.



BANALIDADES 8. música (esta). sorrisos (diários de saudades). dançar (sem perceber). mel (como metáfora). caminhar (com os dois pés). árvores (com os ramos levantados para o céu). viagens (perfeitas). palavras (pequenas). parvoíces (neuróticas). liberdade. assobios (distraídos). casa. lareira (acesa). desejos (de ano novo).

BANALIDADE 6.

cativelos 25122012


"Na presença de uma realidade extraordinária, a consciência toma o lugar da imaginação"

Wallace Stevens

Hoje abri um livro (ao calhas, numa página ao calhas) e esta frase saltou da página para as minhas pupilas. Pareceu-me uma bonita BANALIDADE 6.  (ao calhas) no primero dia do ano.