Tudo Incluído

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Há 12 anos fiz a minha primeira viagem ao estrangeiro por conta própria e o destino foi Londres. E por mais que queira parecer “cool” e dizer que foi por gostar muito de música, de moda ou dos museus que por lá havia, a verdade é que este foi o país seleccionado porque era o único acessível ao meu bolso: cerca de 25 contos. Por minha vontade teria ido para a República Dominicana, em regime “Tudo Incluído”. Há uma década, e pelo que me lembro, qualquer outro trajecto que tivesse que ser feito de avião custava bastante mais.


Entretanto os tempos mudaram e as Low Cost tornaram tudo muito mais fácil. Andar de avião – nestas companhias -, hoje em dia, tem os mesmos requintes que a viagem que eu fazia de 15 em 15 dias, do Porto para a Covilhã, em estradas aparadas pelo abismo, com a diferença que as aterragens eram bem mais suaves então, e não tinha umas criaturas (leia-se Hospedeir@s) a tentar impingir-me raspadinhas, produtos de beleza e sanduíches ranhosas (a preço de caviar) aos berros.


Por razões laborais tenho de viajar com frequência de avião, e por questões orçamentais faço-o sempre em Low Cost.


Há tempos consegui um voo mais barato na TAP que nas Low Cost, e até eu fiquei surpreendida com a satisfação que senti por ir viajar, ainda que só durante uma hora, com o conforto devido. Acho que teria tido a mesma satisfação há 10 anos se me tivessem espetado numa carroça com asas para ir até à Austrália.


Mudam-se os tempos…