Ano Novo Vida Nova.
Chega esta altura e dá-nos para fazer um balanço da nossa vida, por vezes aliado a uma ligeira - ou não tão ligeira - crise existencial, mas a força do novo ano, faz crescer em nós uma esperança cega de que vamos dar uma volta de 180º graus (360º?) à nossa vida.
E então decidimos:
- Deixar de fumar
- Começar uma dieta
- Ir para o ginásio
- Pôr ordem nas nossas finanças
- Sermos mais organizados
- Etc
No dia 1 quando acordamos, chegamos à conclusão que nesse dia vai ser difícil deixar de fumar, porque a ressaca é grande, ainda estamos de férias e se calhar é melhor esperar mais uns dias...
A dieta é impossível, porque ainda há tanta comida das festas... A frustração de continuar a comer desalmadamente causa-nos uma depressão tal, que o melhor é mesmo comer ainda mais, porque afinal, estamos deprimidos.
Quanto às finanças, o Natal arruinou-nos o saldo bancário, a passagem de ano não ajudou e para piorar as coisas Janeiro tem 31 dias e muitas contas para pagar.
Claro que o ginásio está automaticamente de parte, porque andamos tesos.
A organização é impraticável, já que andamos tão stressados pelo acumular de tarefas que as férias causaram, tão mal do estômago pelos excessos, tão frustrados por não termos ainda deixado de fumar e ... tão tesos, que a nossa cabeça está demasiado baralhada para nos organizarmos.
Como se as festas não fossem já por si próprias um stress, ainda nos auto-flagelamos com promessas de "Ano Novo Vida Nova", mesmo sabendo que andamos há anos a fazer promessas que nunca cumprimos, no início do novo ano.
Por este motivo, reivindico que o ano novo seja só de dia 31 de Janeiro para dia 1 de Fevereiro. As coisas estão mais calmas, o mês é curtinho e já andamos com mais disponibilidade para cumprir promessas.